As pessoas já não são recompensadas apenas por aquilo que sabem, mas por aquilo que conseguem fazer com o que sabem. Assim, a escola tem de fazer muito mais do que apenas transmitir conteúdos, tem de desenvolver capacidades dos alunos para serem criativos, pensarem criticamente e resolverem problemas. Neste panorama, um ensino eficaz deve envolver o aluno em aprendizagens significativas, através da vivência de experiências, individuais e colaborativas, que promovam essas capacidades. O professor deve procurar estratégias na sala de aula que permitam ir ao encontro dos diferentes modos de pensar dos alunos, confrontando-os com tarefas, com múltiplos modos de resolução, que os desafiem e entusiasmem para aprender e os ponham a trabalhar uns com os outros, mexendo-se, aprendendo a reconhecer padrões e a ver fora da caixa, dentro e fora da sala de aula. Mais ainda, o professor deve orquestrar discussões produtivas à volta da resolução dessas tarefas de modo a salientar o conhecimento matemático que pretende desenvolver com os alunos, de conceitos, procedimentos e processos.

Nesta conferência, discutir-se-ão algumas destas ideias com base em trabalhos desenvolvidos no âmbito da educação matemática com alunos e futuros professores dos primeiros anos.