Um dos maiores desafios com que as escolas e, especialmente, os professores são confrontados no Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular tem a ver com a necessidade de assumirem decisões curriculares contextualizadas que, sendo congruentes com os compromissos curriculares a que estão sujeitos (onde, hoje, temos de incluir as «Aprendizagens Essenciais» e o «Perfil do Aluno à saída da Escolaridade Obrigatória»), possam ser potenciadoras das aprendizagens significativas dos seus alunos. Se este é o cenário onde nos situamos, importa discutir quais as implicações de uma tal opção, em primeiro lugar, em termos curriculares e pedagógicos. Daí que se se pergunte como é que as escolas envolvidas no projeto têm vindo a encontrar alternativas ao modo de ensino simultâneo, à organização competitiva do trabalho na sala de aula, às visões disciplinares estritas e a um tipo de avaliação cuja finalidade é promover, apenas, a seleção académica. De igual modo, importa discutir como é que se transita de uma cultura profissional individualista para práticas de colaboração entre docentes que possam permitir a concretização de um tal projeto, assim como é que o projeto afeta as lideranças que têm lugar nas escolas.